Champagne no avião, é coisa pro leão!

   Eu confesso a vocês que desde pequena, tenho uma predileção por ter 'pena' dos desfavorecidos. Minha mãe conta que quando saíamos nas ruas, eu sempre andava com moedas pra entregar nas mãos dos que pediam. Garota boazinha, não?

  Agora que eu cresci e que a sociedade me transformou numa déspota de primeira linha [que o padre da paróquia não leia esse Post], eu assumo que tripudiei em cima da dor de algumas pessoas ontem.

Me desculpem, mas é que não resisti.

  Fui a Recife como alguns sabem, para testemunhar porque aquilo ali foi reunião de contrato civil , por tamanha tensão envolvida a partida entre SPORT X NÁUTICO. De início, me surpreendi com a força do torcedor rubro negro numa final, fato tal que nunca havia presenciado. Do lado de fora antes mesmo que eu adentrasse à festa, ouvi o grito uníssono puxado por legiões de fiéis seguidores dessa instituição gloriosa, o que confesso, me deixou com ótimas expectativas para a partida.

  Logo de cara, me encontrei com algumas pessoas que coroaram a noite maravilhosa, vivida na Ilha Maravilhosa. Ali, pude sentir a atmosfera de apaixonados como eu por uma instituição de futebol, e que amor igual, é dificil mensurar. Comecei a me sentir diferente ainda no 'prefácio'...

  Quando os ânimos foram positivamente exaltados através da paixão e da cerveja, finalmente entramos no estádio. O lugar, fervendo literalmente graças ao clima abafado do Recife e do calor humano a mil , já me fazia sentir que a noite não seria para brincadeira: terminaríamos com o título. Tive a sorte de ter sido posta ao lado de um cara incrível e que espero um dia ter a sorte de dialogar com ele por horas sobre futebol: MOCA. Além de uma enciclopédia ambulante, esse cidadão ainda consegue apaixonar qualquer torcedor a  torcer pro Sport, tamanha é a simpatia e amor dele pelo clube. Tive a sorte também de ver o Sport sair a frente do marcador, após o belo espetáculo audio-visual proporcionado pela torcida. O leão assustou o náutico do início ao fim do primeiro tempo, embora como 'comentarista', devo dizer que o meio campo do rubro negro é de ruim a péssimo.Não ganhava uma bola! Acabei me assustando.

   Do intervalo ao início da segunda etapa, São Pedro mandou um 'salvo conduto' para os mais de 35mil torcedores 'in loco' presentes: uma chuva 'revigorante'. A chuva serviu também para aplacar a euforia das torcedoras rosadas que tentavam sem êxito, calar o grito do rubro negro, ante o estádio. 

   Quando a bola torna a rolar, volto a me assustar, só que dessa vez, com um motivo aparente: o time voltou cansado. A tirar Leandrão e o lateral André Luis que literalmente comiam a bola, os demais pareciam passear no campo, o que fez com que o Náutico acreditasse que viveria um gol de empate e assim, sagrar-se 'campeã.' Sorte a nossa que a garra do Sport fora maior, e que conseguimos segurar o placar durante todo o segundo tempo, mesmo achando que deveríamos ter aumentado o marcador.

   Mas, no fim das contas, o que importa é o resultado:

   SPORT PENTA CAMPEÃO PERNAMBUCANO.

   Ganhei de um lado, pois fiz amizades incríveis.

   Ganhei do outro: vesti a faixa de campeã de Pernambuco 2010, mesmo não sendo de lá ou algo do tipo...

   Ganhei de todas as formas, porque o grito dos vencedores se ecoa por toda a eternidade e o meu está lá, junto com os outros, a dizer por gerações, quem é o verdadeiro Rei de Pernambuco.

Parabéns SPORT CLUB DO RECIFE!