sábado, 5 de junho de 2010

A Ditadura do futebol.

  Acho pouco provável que o buraco causado pelo Ágata ao povo guatemalense tenha sido ocasionado por uma fenda espacial monitorada por irmãos celestes. Foi falta de infra estrutura mesmo.
  Assim como esse efeito natural, acho pouco provável que o 'vozão' se sagre nesse campeonato longo, com abertura ingrata de janela no meio do ano e com tantas maracutáias para sagrar seus prediletos monetariamente. O Ceará vem surpreendendo seus adversários tanto dentro como fora do Castelão e isso não se deve ao plantel maravilhoso, posto que esse time não tem, mas sim, à determinação de um povo que quer mostrar ser valente e guerreiro. 
  Muitos dos meus amigos vão me criticar pela falta de otimismo para com o vozão assim como me criticam por torcer pro Fluminense. Falam lorotas barbáries tais como ''você não honra sua região'' ou ''paraibaca''. Ora, fico pensando se de fato, ser regionalista é que na verdade não é a viseira que separa da evolução. Se for partir dessa mesma prerrogativa, irei me deparar com mais um dilema: não devo torcer pro Ceará, posto que em meu estado, tenho 'times' os quais de acordo com a visão deles, deveria me dedicar. Assim como minha paixão doente pelo fluminense surgiu graças a identificação, esse mesmo sentimento poderia ter brotado por outra instituição desportiva embora que quem nasce tricolor, já foi predestinado. Tomas, meu grande amigo e que me perdoe pelo que direi, força seu filho a assistir somente aos jogos de seu clube, SPORT, o qual eu tenho lá minha admiração pelo tal. Ele diz que não quer correr o risco de ver seu primogênito ser 'abduzido' pela Globo e suas decadentes concorrentes, que veiculam o FLAMENGO como o melhor time do país. Ora, não seria mais fácil deixar que a criança escolhesse? De fato o SPORT  predomina em recife? Pois, que deixem o júnior decidir, afinal, uma paixão é livre, independe de pressão. Fico pensando então que o amor deveria ser cativo, aprisionado, mantido a sete chaves pelo governador.

Um comentário:

  1. Olá Karlla!

    Para um clube cuja torcida, apesar de linda e criativa, atravessa uma fase de estagnação em termos numéricos, esse discurso de permitir que a criança opte livremente pelo clube de coração não é nada conveniente para os tricolores.

    Se deixar a cargo da criança, ela optará ou pelo clube que tem conquistado mais títulos no momento, ou aquele clube que é mais bajulado e incensado pela mídia.

    O Flu, infelizmente, não tem se encaixado em nenhum desses dois perfis. Utilizemos pois, de todos os métodos coercitivos (porém sutis) para fazer nossos infantes torcerem para o Fluzão e utilizemos o discurso liberal da livre escolha para os filhos dos outros, hehe.

    O Flu precisa retomar o crescimento de sua torcida. Quantidade não é qualidade, eu sei, mas é lucro. Patrocínios, cotas de TV e parcerias são altamente influenciados pelo tamanho da torcida.

    Saudações tricolores!

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